Filarmónica Pampilhosense

Filarmónica Pampilhosense
Pampilhosa - Mealhada

sábado, novembro 11, 2006

Estórias de partir a campânula a rir! – XII


Chatos cordões

Esta também é recente. Mais umas daquelas procissões manhosas, desta vez no Canedo. Bruta seca, só uma destas cenas para animar a maltígrada, toda rota depois do almoço, em alto Verão… Caredo, qu’a sede qu’eu tenho! Tudo muito lindo, muita verdurinha espalhada pelo chão, até aqueles jarros ou lá como se chamam aquelas flores brancas com uma cena lá dentro, parece uma cenoura pequenita, que um gajo pisa sujeito a malhar com os corn… joelhos no chão, muitas colchas a cheirar a naftalina postas nas janelas abertas para entrar moscas, com umas velhotas só com um dente a ver a procissão, umas meninas com mais de 30 kg a levar os andores vestidas com uns cintos largos, muitos cordões com florzinhas de papel colorido feitas a altas horas da noite pela comissão de festas, por isso é estão todas tortas, pendurados nos postes, de um lado ao outro das ruas, enfim tudo muito bonito. Lá íamos então debargarjinho como é habitual (bem, com este padre às vezes não é assim muito devagar…), tocando uma marcha que tinha, antes da mudança de tom, uma ponte com uma pausa geral. Ora, o Lelinho tinha enfiado a lira da bandeira num daqueles cordões pendurados e, exactamente na pausa geral, exclama bem alto, enquanto tentava tirar a bandeira do cordão: “- Fo…-se, olha p’ra esta m…!” Isso é que a malta tentava não se rir com a cena! O Lelo entretanto partiu o cordão e continuou caminho!

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