Filarmónica Pampilhosense

Filarmónica Pampilhosense
Pampilhosa - Mealhada

segunda-feira, novembro 26, 2007

Santa Cecília perpetuada na Filarmónica Pampilhosense

Foi numa discreta mas significativa cerimónia, ocorrida na passada quinta-feira, que a imagem de Santa Cecília foi descerrada no Salão de Festas da Filarmónica Pampilhosense. O evento ocorreu precisamente no dia 22 de Novembro, dia da Padroeira da Música, dos Músicos e da Harmonia.

A imagem, oferecida pelo casal pampilhosense Marlene Lindo e Vítor Marques, foi colocada na parede frontal do edifício, no interior do Salão, local onde normalmente acontecem os ensaios da Banda, bem como outros eventos musicais.

Marlene Lindo, nas breves palavras que proferiu, realçou a vida de mártir da Santa, bem como o facto de os músicos do século XV logo terem adoptado Santa Cecília para sua padroeira.

Historicamente não há referências que indiquem dotes particulares de musicalidade de Cecília. Sabe-se, contudo, que era uma jovem patrícia muito culta, pertencendo a uma das mais ilustres famílias de Roma, pelo que, tendo recebido esmerada educação, a prática da música ser-lhe-ia habitual, tocando, provavelmente, algum instrumento mais consentâneo com a sua feminilidade, como a harpa, a lira ou o saltério, pois o órgão, com que tão frequentemente é representada, era ainda um instrumento grosseiro e pouco difundido.

Casada contra a sua vontade, desde cedo conseguiu que o seu marido, Valeriano, também adorasse a Deus, convertendo-o, portanto, ao Cristianismo, em detrimento dos deuses romanos.

Colocada perante a alternativa de sacrificar aos deuses de Roma ou a morrer, não hesitou e dispôs-se ao sacrifício. Quando, durante os interrogatórios, o prefeito Almáquio lhe lembrava ter sobre ela direito de vida e de morte, respondeu: "É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida."

Almáquio condenou-a a morrer asfixiada por vapor mas, como Cecília sobreviveu a esse suplício, ordenou que lhe cortassem a cabeça. O carrasco, por imperícia ou por ter vacilado ante a serenidade angélica da condenada, depois de três golpes sucessivos, não chegou a decepar a formosa cabeça, deixando a mártir em dolorosa agonia.

Só passados três dias exalou o último suspiro, e todos quantos haviam presenciado o modo sublime como aceitara tamanha provação, convertidos por tal exemplo à mesma fé, suplicavam a sua intercessão para que, na hora suprema, tivessem o mesmo valor e heroísmo por ela demonstrados, mesmo nas maiores angústias.

Nas "Actas" do martírio de Santa Cecília, que se crê tenha ocorrido no ano de 230, lê-se:

Enquanto ressoavam os órgãos, a Virgem Santa Cecília, no íntimo da sua mente, só a Deus se dirigia e cantava: "Permiti, Senhor, que o meu coração e o meu corpo permaneçam imaculados", tradução da frase original assim iniciada: "Cantantibus organis Caecilia Domino decantabat dicens...". Tomando falsamente a palavra "organis" (designação sumária de instrumento) por órgão, os pintores já no século XV a fantasiavam tangendo-o como acompanhador dos seus piedosos cânticos.

Feita deste modo a primeira iconografia, nada mais natural do que os músicos logo a tenham escolhido para sua protectora.

No século XVI constituíram-se em Paris e em Roma as primeiras associações da classe musical sob a égide de Santa Cecília. Em Inglaterra instituiu-se um concurso anual, premiado pela Corte, dando origem à criação de Odes literárias e musicais a ela consagradas por compositores tão ilustres como Henry Purcell, Haendel e, mais recentemente, Benjamim Britten.

Embora se encontrem referências mais remotas, o primeiro estatuto da Irmandade de Santa Cecília em Portugal data de 1603.

A Banda, que antecipou o seu ensaio (normalmente efectuado à sexta-feira), apresentou às cerca de quarenta pessoas presentes algumas das novas peças que tem vindo a trabalhar para a nova época, finalizando com alguma pompa o evento, que, embora especial, não foi inédito, pois o mesmo aconteceu com São Marçal, cuja imagem foi oferecida pelo mesmo casal à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Pampilhosa, que acolheu de bom grado a efígie do seu padroeiro.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Estórias de partir a campânula a rir! – XIV

A queda

Foi em 1993 que o instrumentário da FP foi totalmente renovado. Já não era sem tempo! É claro que actualmente muitos dos instrumentos que vieram naquele ano ainda estão ao uso, no entanto é pena que não sejam de superior qualidade. “Musica Steyr Austria” é a marca de quase todos. Bom, o que interessa é que eles vinham num brinquinho, todos brilhantes, amarelo fosco, muito lindos. Nessa altura eu tocava num saxofone com dois registos, digno de um museu! Houve até um desfile para apresentação à população da categoria de instrumentário! E concerto! Que luxo! Entretanto, primeira saída. O Sr. Tavares, músico que foi desta banda, leva o trombone para o coro da Igreja para ninguém estragar pois é um instrumento de luxo! Lá em cima, para protecção, havia uma balaustrada de madeira que, para efeitos de decoração, estava coberta por lindas mantas bordadas com cenas de Cristo. O Sr. Tavares, cheio de cuidado, tenta colocar o trombone em cima do murinho que suportava a balaustrada, encostado à manta. Azar. Com o peso, o lado de dentro da manta passa para o lado de fora, indo o trombone espalhar-se no meio do chão da Igreja, quase acertando numa senhora que circulava! E ele, passado, fica a olhar lá para baixo durante um tempo até que resolve ir buscá-lo. O que vale é que o trombone só ficou com uma mossa na campânula. Bom, e mais qualquer coisinha, mas pronto.

terça-feira, novembro 13, 2007

Mas que pobreza é esta?
Já ninguém liga ao blogue, ninguém escreve aqui nada?
Tanta coisa interessante para falar, tipo sei lá não sei, tipo aquilo que tipo n sei. xD
E o nosso magusto na sexta-feira passada?!

Bah, que post tão pobre :p


BALI*MAN xD