No Céu cantam-se e tocam-se Hinos de Louvor, sob a sua batuta. As melodias lançam-se pelo Espaço, pois a Música é Eterna, é Magnificente.
Faria hoje 79 anos se estivesse entre nós.
O programa "O Palco do Povo" termina com a marcha "Despedida", da sua autoria. Pode ser ouvido aqui.
A Filarmónica Pampilhosense nunca esquecerá o grande Pampilhosense que deu na sua banda os primeiros passos de uma excelente carreira musical em 1943, tendo sido o diretor artístico entre 1990 e 2006.
Nascido
na Pampilhosa a 27 de Setembro de 1936, iniciou os seus estudos musicais aos
sete anos com o seu Pai, Joaquim Pleno, estreando-se na Filarmónica
Pampilhosense tocando caixa, mudando depois para requinta. Com 18 anos
alistou-se no Exército, na Banda de Música do RI 12, em Coimbra. Em 1956 fez
Exame para 1.º Cabo Músico e no mesmo ano efectuou o Exame para Furriel Músico.
No ano seguinte foi promovido e colocado na Banda do RI 16, em Évora, como
solista em clarinete.
Em
1959 iniciou a sua carreira como regente na Filarmónica Lorvanense. Em 1964 fez
parte da Orquestra Cívica de Lourenço Marques – Moçambique. Foi regente da
Escola do Grupo Amadores de Música Eborense, da Banda Carlista de
Montemor-o-Novo, da Banda de Estremoz, Casa do Povo de Penacova, Santana
Ferreira, B. V. Espinho e Pinheiro da Bemposta. Em 1978 frequentou o curso para
promoção a Sargento-chefe. Colocado como subchefe da Banda da RMC, formou a
Orquestra Ligeira, sendo de seguida transferido para o RIP, como professor de
Música no curso de formação de Sargentos. Em 9 de Junho de 1979, foi promovido
a Sargento-mor Músico e colocado como subchefe da Banda do Exército.
Dirigia
a Banda de Música de Anadia quando, em 1990, passou a dirigir também a Filarmónica Pampilhosense, substituindo o seu Pai.
Frequentou,
no Conservatório Nacional de Lisboa, o Curso de Pedagogia Musical, tendo como
Professores Jos Wuytack, Margarida Amaral e Verena Maschat. Tendo-se
desvinculado da Banda de Anadia em 1996, passou a dedicar-se exclusivamente à
Composição e à Filarmónica Pampilhosense, sendo o seu Maestro titular e
coordenador da Escola de Música.
Pela
sua mão, a Filarmónica tornou-se uma banda de juventude, alegre, destemida, com
arrojo.
O
Maestro Manuel Pleno sentia um enorme orgulho da sua Banda e dos seus Músicos.
Uma verdadeira cumplicidade revelou-se sobretudo entre ele e a juventude,
quando o chamava bem alto: “- Eh
Manolo!?”, ao que respondia: “- Yá!”,
terminando todos com o célebre: “E
salta Manel, e salta Manel, olé, olé!...”.
E
saltava. Saltava com um brilho de alegria nos olhos. Brilho que foi,
infelizmente, desaparecendo, pela doença.
Quis
o Destino levá-lo no dia 22 de Agosto de 2006.
A
Filarmónica Pampilhosense estará eternamente grata pelo seu carácter, profissionalismo
e persistência que demonstrou durante os 16 anos que esteve como diretor artístico.
Requiescat in pace